Aprender a programar se tornou extremamente popular e bastante lucrativo em termos financeiros. Entretanto, existem muitos clichês acerca da programação que tendemos a repetir – mesmo que eles sejam absurdos. Esses equívocos podem acabar por atrasar o desenvolvimento (e minar a motivação) dos que desejam aprender a programar.
Para evitar que isto aconteça, este artigo tem como objetivo rever alguns mitos sobre programação e desenvolvimento de softwares e explicar os motivos pelos quais eles não devem ser levados a sério:
1. Aprender a programar é como escalar o Everest.
Programar é como fazer qualquer outra coisa. Sim, você levará mais de uma semana para aprender, mas não, você não precisa ser um gênio. Para aprender a arte da programação, você não precisa necessariamente ter feito uma faculdade – existem dezenas de ferramentas online que podem ajudá-lo nesta empreitada, e muitas delas são gratuitas.
Aproveite o fato de ter nascido na era da internet para ler fóruns e trocar experiências em comunidades online. A CodeCademy, por exemplo, é um fórum muito popular e que oferece uma ótima base para quem está começando.
2. Você deve aprender a linguagem de programação da moda.
Não existe “a melhor” linguagem de programação. Algumas são de fato mais populares ou preferidas por alguns campos de atuação, mas a verdade sobre todas as linguagens é uma só: elas mudam, evoluem e, em às vezes, acabam esquecidas. Por conta disso, não caia na tentação de aprender a última linguagem de programação inventada – vários projetos, aliás, pedem conhecimentos de diversas ferramentas distintas. Este artigo fornece informações valiosas sobre algumas linguagens em voga e sobre seus principais usos.
3. Programar exige muitos conhecimentos matemáticos.
Algumas pessoas confundem programação com matemática, mas as duas coisas são bem diferentes. Um programador, na maior parte das vezes, utiliza códigos – e fazer isso não exige um grande conhecimento de vários campos da matemática. Você precisará de algumas noções de álgebra, mas isso é tudo. Se você nunca foi muito fã de fazer contas na escola, não se desespere: programação ainda é uma ideia viável para você.
4. Criatividade não conta nada.
A criatividade, por outro lado, é ignorada sempre que falamos sobre programação. Isso é curioso especialmente porque ela é parte essencial do trabalho de um programador. Todos que trabalham neste setor encaram problemas e precisam encontrar formas inteligentes de solucioná-los – e tudo isso de forma rápida, elegante e sem erros grosseiros. Combater essas situações exige um pensamento dinâmico e fora da caixa.
Além do mais, programadores frequentemente têm que lidar com design e layouts; se você cria websites, por exemplo, você terá que trabalhar com design. Não tem como ser não ser criativo.
5. Programadores estão sempre sozinhos
O famoso mito do jovem rapaz que se senta diariamente diante de uma tela de computador por horas a fio, consome toneladas de energéticos e escreve na velocidade da luz. Vamos lá: para começar, existem muitas mulheres na área da programação nos dias de hoje. Além disso (e apesar da rima), programação não implica em solidão.
Vamos voltar ao exemplo de criar um website: você precisará conversar muito com o cliente antes de começar a desenvolver o projeto – afinal, como entregar um trabalho se você não sabe o que o outro lado deseja? Boa parte dos jobs de programação disponíveis no mercado exigem que o programador tenha reuniões periódicas, às vezes presenciais, com outros departamentos de criação ou mesmo com os próprios clientes. Se você é um freelancer, falar com pessoas faz parte da sua vida e de suas tarefas diárias.
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